A permacultura não é apenas sobre como plantar e fazer uma horta. A permacultura é uma consciência ética que muda a nossa vida.
Além de a sua permissa ser a sustentabilidade harmoniosa da Mãe Terra, ela cuida, ensina, inspira. Ao mergulhar mais no que ela nos traz, com a união da responsabilidade social e ambiental, com a sabedoria ancestral, ela mostra-nos a importância da observação e da presença. A permissão de parármos, silenciarmos e observarmos o que nos rodeia e como a natureza se move, os seus ciclos, o seu tempo, as suas simbioses, as constelações sistémicas entre as plantas e as árvores.
Ela não só nos ajuda a suprir as nossas necessidades, através da comida sem tóxicos, ela mostra-nos como é viver e honrar a natureza no seu todo, flora e fauna. Faz-nos refletir sobre a toxicidade permanente na nossa vida e nos nossos hábitos. É cuidar da terra em simultanêo com o nosso autocuidado, é Gaya respeitando a nossa vida e saúde física e emocional. Ao cuidarmos do coração da Mãe Terra, cuidamos do nosso coração. Sendo nós parte integrante da natureza e responsáveis pela sua proteção e preservação em presença.
Na Nova Terra é importante mencionar as três éticas pela qual a permacultura se rege. Elas são sentidas na observação, na ecologia, na sustentabilidade, na interação e comunhão com a mãe Natureza, sempre trabalhando a favor da mesma.
Os três princípios da permacultura são:
1- Cuidar da terra para que todos os sistemas de vida continuem a existir e se multipliquem, tendo sempre presente que a Terra é uma entidade viva e que também ela respira. E sem o respeito e cuidado, são graves as consequências. Um solo vivo é repleto de riqueza, transbordando energia vital, altas vibrações e saúde. A permacultura relembra-nos sobre o respeito por todas as formas de vida e que cada uma desempenha as suas funções e ocupa o seu lugar, simultaneamente cada uma pode ter um papel propenderante na redução do impacto sobre Gaia.
2 - Cuidar das pessoas, permitindo que todos tenham os recursos necessários para a sua existência digna. Ela tem por base uma agricultura que traz a consciência social de forma sistêmica. Ela mostra-nos como a satisfação plena vem da simplicidade e da beleza em cada elemento vivo. Mostra-nos a consciência de cuidar de nós, dos outros e das gerações futuras.
3 - Compartilhar excedentes, inclusive os conhecimentos. Observamos que quando uma árvore dá frutos, ela dá-nos o suficiente para nós e para compartilhar. Quando colhemos o que a terra nos dá ela dá-nos em abundância. Relembra-nos o quanto é importante partilhar com os outros e com os animais.
" Só quando uma árvore caiu, quando o último río teve secado, quando o último peixe para pescado, o homem saberá que não poderá comer dinheiro!"
Provérbio Indígena
